quarta-feira, fevereiro 27, 2013

Vou vivendo e aprendendo

Oh tu ser imperfeito
que amei sem querer amar
suportando o mais grave defeito
de saber que me estavas a usar

Mas nada que o tempo não curou
nada que as magoas o vento as levou
disseram-me para desistir e assim o fiz
hoje reparo que afinal eu nunca te quis

Como uma pessoa enganada
pensa que ama sem ser amada
pensa que há um ser perfeito
mas nem mesmo ele anda satisfeito

Como é possível sentir tal sentimento
pensava eu uma coisa e andava enganado
não passava de um fingimento
pareceu-me que afinal estava destinado

Oh tu ser imperfeito
porque me queres beijar?
se no dia seguinte terás de esquecer
volta tudo ao mesmo, não me quero lembrar

Como é difícil tomar uma decisão
gostar da boca, mas não amar com coração
ainda gostava de saber tua opinião
porque quando te quero dizes "não"

Amas e és amada
és feliz e és lembrada
juro que por vezes não entendo,
Vou vivendo e apendendo

segunda-feira, fevereiro 11, 2013

Ai como eu queria

Ai como eu queria...
como eu queria te amar somente
este amor que nasce de uma semente
amor que sinto e tu também sentes

Ai como eu queria...
partilhar ao teu lado cada momento
não ter de fugir do sentimento
ter-te a toda a hora no pensamento

Ai como eu queria...
que acreditasses nesta paixão
me amasses sem noção
sem caminho nem direção

Ai como eu queria...
correr atras de ti naquela areia macia
diante daquele belo mar, ter só como mania
te abraçar e te beijar

Ai como eu queria...
que arrancasses de um de um belo jardim
uma belissima flor
e me desses como prova de amor

Ai como eu queria...
receber mais uma mensagem
para ver que não passou de miragem
seres a minha mais bela imagem

Ai como eu queria...
que amasses do tamanho do universo
não fosse um amor disperso
nem um sentimento perverso

Ai como eu queria...
escrever o que sinto num poema
e ter-te como tema
sem nenhum problema

Ai como eu queria...
lembrar-te de ti numa simples canção
deixar falar alto a emoção
sem mais dizer não!

terça-feira, novembro 20, 2012

Como sou


Chamaram-me de preocupado,
Fui obrigado a concordar...
Apenas gosto que se lembrem de mim
E não que me ponham a pensar.

Chamaram-me de inseguro...
Voltei a afirmar,
Já nada é seguro
vivendo uma aventura que não adianta concertar

Chamaram-me de impaciente, sim sou...
O relógio da vida anda parado,
Já tou farto de ter de esperar,
Farto de gente que só está bem a magoar.

Disseram que belos textos sei fazer...
Que me adianta saber escreve-los?
Já ninguem acredita num sentimento verdadeiro,
Pouco vale escrever, sou um contra o mundo inteiro

Disseram que minha atitude esta a esfriar
E assim vou ficar
ha-de haver alguem que de menos de mim
Mais valor o saibam dar

Disseram que so sei sonhar acordado
Sonho e vivo deles,
Ao menos assim sou amado,
Sou lembrado!

sexta-feira, novembro 09, 2012

Isto não é o que parece ser

Isto não é um poema,
Não é uma canção,
São palavras que vêm e vão
Não é viver de um não!

Isto não é saber amar,
Não é fazer ninguem feliz,
Não é ser valente,
É magoar somente

Isto não é querer admitir
É ter muito mais para dizer,
É representar e mentir,
Isto não é o que parece ser!

Isto sim são sentimentos,
Sim é um mais bem querer,
Sim é desistir,
Sim é não te querer

Isto não é magoar,
É de já não querer sonhar
É de sonhar em te ter,
Isto não é o que parece ser!



terça-feira, junho 05, 2012

És uma página da vida

Nunca deste valor a tudo o que dizia,
Tu nunca percebeste aquilo que eu sentia.
Só dizia o que tinha a cumprir...
Tu não percebias o motivo de eu sorrir.
Agora penso,
Será que merecias?
Não percebo nada...
Nem mesmo se me querias.

Lamento mas a história terminou...
Folhas voaram,
Poemas ficaram...
Do sentimento?
Nada ficou.
Disseste para eu desistir...
Mesmo assim fui a procura
Nada do que disseste tinha cura

Querias pôr-me tão agressivo,
Tão simples como estar cumprometido...
Devido a certas palavras que repetes
Agora pensas mas mesmo assim não me esqueces...
Acabou tudo na hora,
Este é o momento de ires embora.
Sempre te tive como desejo,
Mas agora acabou...

Pensavas continuar e nunca ser mal tratada,
Fizeste-me chorar quando menos precisava,
Não tinha culpa se era de ti que eu gostava,
Apenas queria que te sentices amada.
Sendo assim que quiseste,
Agora é a minha vez de reprovar o que fizeste
Acredita que me enganaste
Pensei seres diferente do que me mostraste...

Agora ja estou mais que curado...
Não preciso de ti porque por outra sou lembrado.
Não penses que me rendo
Tenho muito a dizer,
Quando me quiseres,
Irei desaparecer
Obrigado pela lição, ensinaste-me o que eras
Não penses que serei o rapaz que tanto esperas

Acabou, esse desapareceu,
Renasceu no mesmo corpo
E o produto serei eu.
Agora esquece, daqui não levas nada...
Tua maneira de ser ficou numa caixa trancada.
É bom escrever e conseguir argumentar
As provas que me faziam acreditar que eras a tal
Agora vejo que foi esse o meu mal.



domingo, abril 22, 2012

Não Sei...

Não sei mais que te dizer
Como descrever meu sentimento
Pensar em ti toda a hora apaixonado
Não existe tratamento

Não sei mais que te dizer
Por mais que tente
Palavras, pequenos gestos
Parece não ser o suficiente

Só sei que te desejo
Só sei que te quero
Só sei que te amo
Só sei que te espero

Sinto-me tao bem em te amar
Que não sei mais o que é certo
Apenas temo errar
Porque te quero por perto

Não sei mais que dizer
Teu coração parece duvidar
O meu chora por não te ter
Mas dos momentos irei sempre lembrar

Não sei mais que dizer
É apenas amor que sinto
Desejo apenas em te ver
Porque eu amo-te e não minto!

sábado, março 17, 2012

Uma mensagem para ti


Obrigado pela tua sinceridade,

pelas vezes em que me andas a aturar,

obrigado pela tua amizade,

e muitas vezes por nao me deixares errar...


sei que nao sou a pessoa mais certa,

por vezes a saudade aperta,

tento fingir, tento disfarçar,

muitas vezes sorrio, para nao ter que chorar!


gosto mesmo de ti, é contigo que quero ficar

estaras sempre comigo, porque sei que posso confiar,

apesar de toda a tua teimosia, sabes como me agradar,

apos toda a fantasia, ainda deixas-me sonhar...


sei que para ti nao passa de um poema,

mas é o meu verdadeiro sentimento,

isto nao é nenhum esquema,

nem quero estar no teu pensamento...


toda a gente tem defeitos,

mas nao é isso que me vai fazer afastar

nao existem seres perfeitos

nem os que nao têm vontade de amar...


mais uma vez Obrigado por tudo que ate aqui fizes-te e todo o apoio que sempre des-te*

terça-feira, abril 19, 2011

Pessoas de Rua

Em meados de Novembro de 2010, apos 1 mes de rotina de aulas, incluindo as paragens na batalha para apanhar o transpore, andava a reparar numa mulher (Andreia) que costumava pedir dinheiro. Até que do longe me fui apercebendo que era boa pessoa, e um dia disse-lhe: "Amanha chego por volta das 7h, apareça aqui e vou consigo ao supermercado mais proximo."
E assim foi, no dia como planeado fui eu com ela ao pingo doce, a aproveitei o facto de alegria da senhora para conhece-la um pouco melhor. a informaçao que consegui obter foi que o seu companheiro de casa tinha recebido e fugido com o dinheiro para pagar a rende muito recentemente, estudou no ISMAI, tinha carta de condução, e que sua mãe ainda era viva e morava em S. João da Madeira.
Após as compras, o dinheiro que tinha planeado que me restou dei-lhe para a mao para comprar bilhete de viagem para S. João da Madeira para ir ter com a mãe. Como prometido da parte dela apos o que fiz, na semana asseguir encontrei-a na camioneta para S. João da Madeira. Passou-se uns largos meses e encontrei-a no dia 29/03/2011. Estava com uma pele muito mais jovem e um belo soriso rasgado na cara contente por me ver, deixou defenitivamente de pedir e de momento pertence a uma associação e estava na garagem da batalha apenas a angariar fundos para a associação.

Entretanto so a cerca de 3 meses é que comecei a achar que um de 5 senhores que tambem cosumam pedir na garagem da batalha era boa pessoa. O seu nome é Cesar e Sua familia era da Serra da Estrela. Infelismente seu pai era alcoólico e sua mae drogada, (ambos já tinham falecido), ja tinha sido alcoólico de de momento é drogado. Era jovem e detestava bebidas alcoólicas e nem o cheiro de cigarros soportava, infelismente fui um dia a discoteca com colegas de escola e foi ai que começou a ficar dependente de alcoól e agora da droga.
Fui ganhando confiança com ele, falando, saber como estava e tentei convence-lo a enternar-se para ficar limpo. Pena nao ter tido efeito, pois ele nao tem familia e nao tem quem o controle e impeça de continuar na droga, mas mudou-se para a Metadona e agora tenho-o visto com muito menos frequencia.

domingo, abril 03, 2011

Campeoes Nacionais!



Porto vence ao Benfica na Luz por 2-1
um grande jogo, mas nao e' para qualquer um festejar na Luz, o que por um lado a derrota foi bem merecida, pois foi de uma enorme estupidez nao permitirem os reporteres entrarem la dentro no final do jogo e terem apagado as luzes aos adeptos do porto enquanto festejavam a doce vitoria!

sábado, abril 02, 2011

quinta-feira, março 31, 2011

"O cão é o melhor amigo do homem"


Uma frase que nos segue à imensos anos, tal como o nosso animal domestico conhecido por "Cão".
Sem duvida o animal que é o nosso melhor amigo, porque ouve-nos com todo o prazer e não se cansa, não resmunga, não critica, etc.
É simplesmente fabuloso, porque sempre que chegamos a casa está la ele, sempre bem disposto, alegre, animado de rabo a dar e nunca de mau feitio, o que é uma excelente companhia para o ser humano, e o ser humano e o cão estão tão ligados geneticamnete como companheiros (amigos).

quinta-feira, março 24, 2011

Portugal a Rebentar


Sócrates lançou a sua estrategia de ouro, falta saber se Passos Coelho tem o Ás de Trunfo.
Até agora o problema sempre foi acusar quem permitiu que esta crise se desenvolvece em vez de a tentarem resolver. Agora a situação é a que menos se esperava.
Muitos dizem que sai de lá um ignurante e vai para lá um incompetente. Outros dizem que ele se vai recandidatar para ter maioria absoluta para poder fazer o que quer sem que os da oposição o impeçam. Mas o que é certo é que ele livrou-se da bomba quando o ratilho ja estava a chegar ao fim, sem ainda ter consciencia que pode ganhar e tramar-se, pois muita gente é da opineao que melhor que ele nao há, e que secalhar os outros nao conseguem tirar Portugal deste fosso.
De uma coisa é certa, alguem vai apanhar os cacos.

Geração à Rasca (e-mail)

Sobre a geração à rasca, chegou-nos um interessante texto à caixa de email. Não está assinado, desconhecendo-se assim o autor e origem, mas estamos certos que pela pertinência da análise, é um fiel retrato da situação deste nosso pobre país, pelo que merece ser partilhado, embora não agrade a todos. Há verdades que não se devem dizer porque podem ferir certos idealistas.

“ Um dia, isto tinha de acontecer. Existe uma geração à rasca?
Existe mais do que uma! Certamente! Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhesas agruras da vida. Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar
com frustrações. A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo. Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infânciae na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos. Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a
minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.

Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1º automóvel, depósitos de combustível , dinheiro no bolso . Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.

Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o
melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas
vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.

Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A vaquinha emagreceu, secou. Foi então que os pais ficaram à rasca. Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música, bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado.

Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais. São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquer-coisa-phones ou ipads, sempre de última geração.

São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar! A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo
menos duas décadas. Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.

Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego , mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento e a duvidosa capacidade operacional.

Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em
sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.

Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.

Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.

Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável. Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.

Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.

Há talento e cultura, capacidade e competência, solidariedade e inteligência nesta geração? Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!

Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).

Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados
pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja!, que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.

E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!!

Novos e velhos, todos estamos à rasca. Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.

Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles. A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la.

Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam. Haverá mais triste prova do nosso falhanço?

Pode ser que tudo isto não passe de alarmismo, de um exagero meu, de uma generalização injusta. Pode ser que nada/ninguém seja assim.”


Sobre a geração à rasca, chegou-nos um interessante texto à caixa de email. Não está assinado, desconhecendo-se assim o autor e origem, mas estamos certos que pela pertinência da análise, é um fiel retrato da situação deste nosso pobre país, pelo que merece ser partilhado, embora não agrade a todos. Há verdades que não se devem dizer porque podem ferir certos idealistas.

“ Um dia, isto tinha de acontecer. Existe uma geração à rasca?
Existe mais do que uma! Certamente! Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhesas agruras da vida. Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações. A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo. Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infânciae na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos. Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a
minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.

Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1º automóvel, depósitos de combustível , dinheiro no bolso . Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.

Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.

Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A vaquinha emagreceu, secou. Foi então que os pais ficaram à rasca. Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música, bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado.

Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais. São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquer-coisa-phones ou ipads, sempre de última geração.

São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar! A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo
menos duas décadas. Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.

Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego , mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento e a duvidosa capacidade operacional.

Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em
sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.

Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.

Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.

Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável. Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.

Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.

Há talento e cultura, capacidade e competência, solidariedade e inteligência nesta geração? Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!

Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).

Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja!, que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.

E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!!

Novos e velhos, todos estamos à rasca. Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.

Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles. A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la.

Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam. Haverá mais triste prova do nosso falhanço?

Pode ser que tudo isto não passe de alarmismo, de um exagero meu, de uma generalização injusta. Pode ser que nada/ninguém seja assim.”

terça-feira, março 22, 2011

Toca marchar!


Texto verídico de um gajo que não queria ir à tropa (recebido por mail):
Exmo Sr. Ministro da Defesa, Venho deste modo explicar-lhe uma situação delicada que tem vindo a ocorrer, de maneira a poder obter um eventual apoio vindo de Vossa Exa: Tenho 24 anos, e fui esta semana chamado para ir à tropa. Sou casado Com uma viúva de 44 anos, mãe de uma jovem de 25 anos, da qual sou padrasto O meu Pai, por seu lado, casou-se com essa jovem em questão. Neste momento, o meu pai passou a ser o meu genro, uma vez que se casou com a minha filha. Deste modo, a minha filha, ou chamemos-lhe, enteada, passou a ser a minha madrasta, uma vez que é casada com o meu pai A minha esposa e eu tivemos, no mês passado, um filho. Esse filho tomou-se o irmão da mulher do meu pai, portanto o cunhado do meu pai. O que faz com que seja o meu tio, uma vez que é o irmão da minha madrasta. O meu filho é, portanto, o meu tio... A mulher do meu pai teve no Natal um rapaz, que é ao mesmo tempo o meu irmão, uma vez que ele é filho do meu pai, mas o meu neto por ser o filho da minha enteada, filha da minha esposa. - Desta maneira sou o irmão do meu neto!... E como o marido da mãe de uma pessoa é o pai da mesma, verifiquei que sou o pai da minha esposa, e o irmão do meu filho. Resumindo: sou o meu avô!!! Deste modo, Sr Ministro, peço-lhe que estude pacientemente o meu Caso, porque a lei não permite que o pai, o filho, e o neto sejam chamados à tropa na mesma altura. Agradecendo antecipadamente a sua atenção, mando-lhe os meus melhores cumprimentos.

Tecnologia ao serviço dos pneus


Os novos pneus da Michelin: Sem ar, sem válvulas, sem compressores, sem reparos e adeus pneus furados, pois eles já vêm "furados" de fábrica.Este lançamento está programado para estar logo no mercado consumidor, causando grande impacto na tecnologia existente. Nenhuma válvula de ar, nenhum compressor de ar em postos de gasolina, nenhum equipamento ou kit de conserto ou borracharia. Poderá até dispensar o estepe.

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Facebook

sábado, fevereiro 05, 2011

terça-feira, fevereiro 01, 2011

Portugal ou Espanha?

Como sabemos à uns anos atrás começou por surgir aqueles comentários de que Portugal esta mal e que devíamos era de nos termos juntado a Espanha quando foi aquelas complicações todas que se deu em História. Em Espanha pelos vistos os professores são como policias ou têm um poder de algo assim do género, isto é, quando um professor ordena um aluno que entregue o seu telemóvel, e’ como se fosse um polícia a fazer o mesmo, por isso, juventude já esta arrumada.

Agora quanto aos adultos que pensam quem em Espanha é que é bom porque têm baixo preço nos alimentos, nos carros, nos combustíveis, etc, o problema está nos governantes deste país, que são como canalha, pois vão influenciadinhos pelo que os outros países fazem ou deixam de fazer e acima de tudo o brinquedo favorito é as novas tecnologias. Sim, porque realmente dá muito jeito ter submarinos para brincarem com os peixinhos e dizerem glu glu glu enquanto brincam; ter aviões a jacto para fazer risquinhos no céu. E os computadores, hum… qualquer dia nasce-mos e já vimos com um computador incorporado no cérebro, e para nos alimentarmos, ligamo-nos a tomada? E então a agricultura? As batatas, as cenouras, as couves, as laranjas, as maçãs, etc… já não é importante?

Por isso se calhar não seja problema de quem nos governas mas dos Portugueses em si que deizaram a agricultura e permitiram que franceses pagassem para que não produzissem obrigando Portugal a comprar de fora! Enfim, os portugueses só vêm é dinheiro a frente e novas modernices e depois querem isto, querem aquilo; não têm é dois dedos de testa para escolherem o que é bom para eles mesmos para o futuro, depois reclamas que estamos mal e fazem greves que são como o tamanho das roupas de hoje em dia (cada vez mais pequenas [principalmente os bolsos])

Coxas Out

segunda-feira, janeiro 31, 2011

Kanku Dai

Para exame para 2º Dan, a minha tokui kata poderia ter escolhido entre 4 katas (Jion, Empi, Bassai Dai e Kanku dai). O que é certo é que andava a planear por fazer a Kanku Dai. Não tinha receio nenhum por ser a kata mais comprida nem por executa-la sozinho (o que faria que os olhares dos examinadores estariam apenas dirigidos para mim).

O motivo então foi o seguinte: sempre considerei a Kanku Dai um kata difícil, mas também exame para 2º Dan não é brincar aos CowBoys!

Para além de que para mim cada graduação acima é um patamar diferente, o que fez com que optasse por um kata que abrisse novos horizontes, daí a Kanku Dai (Olhar o Céu).

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Racismo

quarta-feira, janeiro 26, 2011

Sorte/Dinheiro


A' algum tempo atrás, um colega meu publicou um texto no seu blog cujo tema era “Acerca da sorte”, o que me leva a concordar plenamente com o que ele escreveu:

"A sorte é o que acontece quando a preparação se cruza com a oportunidade."

Seneca

"Eu acredito muito na sorte e descobri que quanto mais trabalho mais sorte tenho"

Thomas Jefferson

O que acaba por haver interpretações diferente diferindo de leitor para leitor, por isso para os meus leitores têm a possibilidade de ler e interpretar o meu texto e o dele através da hiperligação no início.

Então aqui vai:

Simplesmente naquilo que fazemos estamos a oferecer algo de valioso ao mundo e que o mundo valoriza e dá algo em troca.

Por isso pode-se interpretar que o mundo valoriza o que faz ao pagar-lhe as contas, pagar-lhe as roupas, leva-lo a jantar fora, mandá-lo de férias, dar-lhe um carro novo, etc. Assim sendo todos nos estamos num processo constante de troca por valor com o mundo.

Deste modo quanto mais o mundo valorizar o que fazemos e o que damos, mais eles nos dará em troca.

Portanto falando agora na parte do mundo que o mundo nos da em troca, o primeiro pensamento do ser humano é “O Dinheiro!”, por isso eu tinha que vir interferir e desmoralizar quem tem essa obsessão.

Pois o dinheiro liberta a tensão e deixa apenas suavidade e relaxamento quando o deixamos fluir. Isso significa que as pessoas tendem a fluir naturalmente em ambos os sentidos porque se deixamos enervar por perder dinheiro poderá muito bem começar a gastar ainda mais.

Daí a teoria de manter o dinheiro em circulação.

p.s.: Espero apenas que um dia a minha futura namorada ou mulher (no caso de casar) chegar a casa com pilhas de sacos de compras, eu olhar para ela, levantar as sobrancelhas e ela responder-me:

“Que foi? Estou só a manter o dinheiro em circulação”

-.-

Coxas Out

terça-feira, janeiro 25, 2011

Ser Pensante

Como todos sabem o homem caracteriza-se como sendo um ser pensante, por essas e por outras que o homem pensa da seguinte maneira:
Aquilo é que esta na moda, por isso, eu como sendo um ser pensante, tambem vou usar aquilo por estar na moda. Se esta na moda ter as calsas a meio do rabo, eu sou um ser pensante e vou usar as calsas daquela maneira porque os outros tambem usam. Se esta na moda usar o cabelo grande e pintado de amarelo, eu tambem vou usar daquela maneira porque sou um ser pensante, vou usar o mesmo que todos os outros e ao mesmo tempo faz-me parecer um papagaio.

domingo, janeiro 23, 2011

sábado, janeiro 22, 2011

Como Fazer um Depotado


- 1 dose de falta de carácter
- 1 dose de ganância
- 1 dose de mentira
- Euros qb
- 1 pitada de merda

Nota: Não exagerar na merda, senão sai um ministro!...

Portugal

O melhor jogador é português.
O melhor treinador é português.
A lingua mais dificil é o português.
Acima de tudo o melhor preço dos combostiveis é o português. -.-

O Dinheiro!


Se não temos muito, desejamos ter algum e que desapareçam todas as nossas preocupações monetárias.

Se temos quantidade moderada de dinheiro, suficiente para não nos preocuparmos com as contas e pagar as ferias, sonhamos ter mais, poder conduzir um carro melhor ou viver numa casa maior.

Se somos abastados, temos tendência a querer ainda mais, ser financeiramente independente ou ter uma casa de férias num país estrangeiro.

Se somos podres de ricos temos tendência a preocuparmo-nos por podermos perder tudo um colapso financeiro seguinte.