1ª presença de óbito familiar

Faleceu ontem (19/01/2010) o meu avô paterno com 70anos. Por ser pai do meu pai é obvio que apesar de tudo, tem um valor sentimental diferente para o meu pai. Mas o que é certo é que desde o casamento dos meus pais, os meus avos paternos simplesmente foram deixando de falar, para ser sinsero, nao me recordava do nome do meu avô, apenas do da minha avó, mas nem dos rostos me recordava, apenas tenho memorias da casa deles. Eles começaram por ser um pouco mal educados para a minha mae ainda no tempo de namoro, chegando ao ponto de nao a deixarem entrar em casa, apos o casamento as coisas começaram a ir por ai abaixo, muito francamente nem sei se eles presenciaram o casamento dos meus pais. Simplesmente quando era mais novo, eles mudaram de casa, sem deixar rastos, simplesmente desapareceram sem avisar, ficamos sem possibilidade de os contactar, de recuperar as coisas de solteiro do meu pai, etc.
O meu pai soube da morte através de um primo, que ja nao contactava a anos, o primo eram um colega, de um ex colega de empresa do meu pai, e pediu o novo contacto pois nao sabia que o meu pai tinha deixado de trabalhar no Mota&Teixeira, por isso nao tinha o mesmo numero. Depois disso os meus pais tiveram a possibilidade de entrar na casa para a qual eles se tinham mudado e nem sabiamos onde era, por incrivel que pareça a casa e' rasoavelmente perto da nossa, localiza-se no alto da maia. Aí, para espanto dos meus pais, eles tinham fotografias minhas e da minha irma ainda muito pequenos, postos em sima de um movel, onde tinham tambem fotografias do meu pai ainda solteiro, e a preto e branco.
O Funeral foi hoje, o meu pai apresentou-me a minha avó e ela nem sabia que era eu, quando mais tarde chegou a minha irmã juntamente com a minha mãe e com os meus avós maternos é que se apercebeu de imediato que aquela era a neta dela e ficou sentida. Toda aquela gente familiares e colegas da minha avó se questionavam se eu ainda me recordava delas, e ficavam muito tristes por saberem que nao me recordava. Foi no funeral que fique a saber o nome do meu avô, e que morreu com 70 anos, e que o meu pai até é bastante parecido com ele.
É obvio que estas coisas nao teem datas marcadas, e acontece, quando menos se espera, principalmente quando se julgava nunca mais saber nada acerca delas. A minha irmã ficou um pouco abalada, apesar de estar na mesma situaçao que eu, talvez por ser mulher ou por ter algumas lembranças apesar de poucas. Para ser franco fui apenas pelo meu pai, e que ele nem sabia que eu ia aparecer por la. Ajudei a levar o caixao, e observei o enterro, essa parte a minha avó nao quis estar presente e ficou no carro.
Despedi-me ai da minha avó e regressei a casa, na esperança de que de agora em diante finalmente começemos a receber noticias.